My photo
Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!

Saturday, February 25, 2006

Uma homenagem para Layne Staley

Essa cara aí na foto é o guitarrista do Alice in Chains. E a notícia do momento, segundo o próprio Jerry Cantrell, é que a banda realmente vai voltar à atividade. Claro, com um novo vocalista. Só pra lembrar, Layne Staley morreu em 2002. Ele faleceu em casa, vítima de uma overdose, e seu corpo só foi encontrado dias depois. O substituto de Staley, no entanto, ainda não foi escolhido. De acordo com Cantrell, o retorno do Alice in Chains, será uma forma de homenagear a memória do ex-companheiro de grupo. Em 2005, a banda fez algumas apresentações beneficentes com vocalistas convidados. Além de Cantrell, seguem na barca os originais do Alice, Mike Inez, baixista, e Sean Kinney, na batera.


"Into the flood again
same old trip it was back then
so i made a big mistake
try to see it once my way"

Bons tempos da grungera.

Thursday, February 23, 2006

A volta

Olha só essa figura. Estilo Mumm-ha, renascido das cinzas, saindo da tumba, o ser eterno. Pois o Guns N´Roses, do senhor Axl Rose – sim porque a banda é dele, sem dúvida – é atração confirmada no festival inglês Download 2006, entre os dias nove e 11 de junho. O papo que rola é que finalmente serão conhecidas algumas das canções do tão esperado e quase lendário Chinese Democracy. O disco está pra ser lançado há pelo menos dez anos. Parece que agora vai. Neste mesmo festival, também sobem ao palco Metallica, Korn e Deftones.

Wednesday, February 22, 2006

1, 2, 3, 14...

Pois é. Não consegui me abster de falar alguma coisa sobre a passagem do U2 pelo Brasil. Os caras realmente surpreendem nas suas performances ao vivo. Isso sem contar o carisma e o engajamento em causas sociais. A parafernália sonora e televisiva que compõe o palco também ajuda a levar o público a uma espécie de catarse em multimídia. O Set List contemplou todas as épocas da banda – embora não tenham tocado Angel of Harlem nem Bad. É, mas não dá pra reclamar. Foi realmente uma apresentação de luxo. Me emocionei no final quando deixaram o palco, um a um, ao som de 40, ao velho estilo Under a Blood Red Sky. E com o Edge tocando baixo e o Adam, guitarra. Durante o show, no entanto, fiquei agoniado lá pelo meio do espetáculo. A voz do Bono ecoava rouca e cansada. Chegou a mudar algumas melodias para alcançar os tons mais altos. Não sei se ele foi arrebatado pelo calor – o cara suava como louco e nada de sacar a jaqueta, preta – ou estava guardando energias para a segunda noite. O certo é que o Edge salvou a pátria por várias vezes. Aliás, o homem tá cantando muito. Enfim, foi uma segunda-feira que entrou para a história. Pena que só rolou em São Paulo, pra variar.

Foto: Flávio Florido/Folha Imagem

Thursday, February 16, 2006

Anger is a gift

Tudo bem, sei que a banda acabou. Mas sou um fã saudoso. Nos últimos dias, pra matar essa saudade, tenho escutado o Live at the Grand Olympic Auditorium. Caralho, pancadaria pura, sem cuspe e com areia, do início ao fim - segue o Set List no final. Não quero entrar no mérito sobre o que teria motivado o final do grupo. Audioslave é bom, mas acho que falta pegada. Quero dizer, não que eles não tenham, mas não igual ao RATM. O lance é que o Rage Against the Machine vertia uma química muito foda. O som era extremamente visceral, raivoso, com propósito. No entanto, por curiosidade, no Orkut, em comunidades dedicadas à banda, é possível encontrar uma gama de teorias sobre a separação dos caras. Algumas plausíveis e outras completamente estapafúrdias. E como a gente sempre tem aquela história de fases, atualmente, Bulls on Parade tem combinado mais comigo. Sem essa de Stones e U2. Eu quero mais é RAGE, RAGE, RAGE... – risos.

SET LIST - Live at the Grand Olympic Auditorium – Novembro de 2003
Bulls on Parade
Bullet in the Head
Born of a Broken Man
Killing in the Name
Calm Like a Bomb
Testify
Bombtrack
War Within a Breath
I'm Housin'
Sleep Now in the Fire
People of the Sun
Guerrilla Radio
Kick Out the Jams
Know Your Enemy
No Shelter
Freedom

Bom, né?

Monday, February 13, 2006

As bandas no final de semana

O Black Nê chamou a atenção entre uma e outra cerveja: da Hermano, só falta o Cristiano – assim como nesta foto. E no final da noite de sábado, estávamos os quatro – os remanescentes - falando sobre a banda. É legal saber que a Hermano Chiapas deixou saudades, pelo menos entre nós. Por isso, no momento, estudamos uma maneira de reativarmos o grupo. De qualquer forma, seja lá o que for acontecer, já me sinto feliz de ter participado de algo que foi tão marcante. Não me arrependo de nada, pois tudo foi feito com o coração e com ideologia. Pra mim, foi a mais sincera forma de expressão que tive contato até hoje. De minha parte, estarei sempre pronto para encarar novos desafios, ainda mais estando ao lado dessa rapaziada verdadeiramente de fé.

Na foto da esq. p/ dir: Ricardo, Carolos, yo e Black Nê.

Florbela
Fomos ver a Florbela Espanca na Feira Popular Zona Norte, em São Léo, no sábado. Bom, quanto à banda, sou suspeito. Os caras mandam tri bem. Só tem gente boa. Além de parceiros, ótimos músicos, profissionais. Recomendo. Eles tocam no próximo dia 4 no Casarão, em São Léo, no Gramo Rock Fest.

Friday, February 10, 2006

Fotojornalismo


AMSTERDÃ (Reuters) - Uma fotografia da Reuters mostrando uma mãe e seu filho em um centro de alimentação de emergência no Níger durante a recente crise de fome no local ganhou o prêmio de Foto do Ano do World Press 2005, disseram os organizadores na sexta-feira.
A fotografia, tirada pelo canadense Finbarr O'Reilly em Tahoua, noroeste de Níger, em 1 de agosto de 2005, mostra os dedos magros de um bebê de um ano pressionados contra os lábios de sua mãe.
Um enxame de gafanhotos e a pior seca em décadas deixaram milhões de pessoas sem comida no país do oeste africano.
"A fotografia vem me assombrando desde que a vi pela primeira vez, há duas semanas", disse James Colton, presidente do júri do World Press. "Ela permaneceu na minha cabeça, mesmo depois de ter visto outras milhares durante a competição."
"Essa imagem tem tudo: beleza, horror e desespero."
A fotografia foi escolhida entre 83.044 imagens feitas por 4.448 fotógrafos profissionais -- 182 a mais do que em 2004 -- de 122 países.

Wednesday, February 08, 2006

A cultura dos opressores esmaga minha mente

Vem aí, então, mais um Planeta Atlântida. E as atrações para este ano? Nem precisa estar com a lista na mão para citar a maioria das bandas. São praticamente sempre as mesmas. Pra piorar, é quase certo que na próxima edição não deveremos ter maiores novidades. Pelo menos, os últimos anos de Planeta têm provado isso. E olha que essa safrinha que está por aí é de doer, salvo, algumas raras exceções. Será que, ao menos, a organização não poderia reduzir pela metade o grupo do seis por meia-dúzia e pagar uma atração verdadeiramente de peso? Acho que o festival ganharia muito em maturidade, qualidade sonora e visibilidade. Já que shows de grande porte dificilmente chegam até o sul do país, a estrutura do evento poderia dar este apoio. Sem mais para o momento, vale o exercício da imaginação ou da futurologia: vamos projetar que duas ou três dessas atrações – as sócias, para agradar os devotos – abririam a noite. E pra fim de festa, em grande estilo, teríamos no palco System of a Down. Bah! e mais toda gama de interjeições. É, eu sei, viajei, né? Enfim, perdão, foram cinco minutos de bobeira. Acontece.

Tuesday, February 07, 2006

Gramolix

Hoje recebi – não só eu, mas um povo - o e-mail de uma figuraça. É um parceiro da antiga, bem da antiga, dos tempos do Vira e tudo mais. Pois o recado, intitulado como Gramo Rock Fest, trazia o seguinte conteúdo: COMEMORANDO 31 INVERNOS ANTECIPADAMENTE EM 04/03 CONVIDO A TODOS OS AMIGOS PARA ESSA FESTANÇA LÁ NO CASARÃO.SERÃO 4 BANDAS :
* MAJJORS
* FLORBELA ESPANCA
* ALICE FUZZ
* KHARENKHORE
DISCOTECAGEM DOS MEUS AMIGOS DUDU, PAULO E TAMBÉM PITACOS MEUS E DE OUTROS. A TÔNICA DO SOM SERÁ ROCK CLÁSSICO, ALGUMAS MAIS PESADINHAS, ROCK E POP OITENTISTA E TAMBÉM ALGUM ELETRÔNICO. A BRINCADEIRA COMEÇA PELAS 23:00 SEM HORA PRA TERMINAR. OS INGRESSOS SÃO A BAGATELA DE 5,00 MANGOS. ESPERO VÊ-LOS TODOS, PELO MENOS OS QUE ESTÃO MAIS PERTO. ABRAÇO E ATÉ LÁ!
Achei que deveria reproduzir na íntegra, afinal, o Gramo é um entusiasta incansável desta cultura rock. No final de semana, lá mesmo, no Casarão, trocamos uma idéia - eu, ele e o mexicano - sobre música e iniciativas que possam promover a valorização das bandas locais. O cara está cheio de planos, faceiro, e otimista que 2006 seja um ano de grandes novidades e realizações diversas. E no que precisar, pode contar com a gente. Vamo que vamo.

Saturday, February 04, 2006

Como um pássaro o tempo voa


No último dia 2 de fevereiro completou nove anos da morte de um dos maiores gênios da música brasileira. O nome Francisco de Assis França constava no seu registro de nascimento, mas popularmente era conhecido como Chico Science. Esse cara surgiu para sacudir a pasmaceira do cenário rock nacional. Depois dos enfadonhos anos 80, a pobreza sonora e a falta de criatividade eram uma constante por aqui. Misturando embolada, hip hop, maracatu, rifs criativos e letras contundentes, o malungo sangue-bom, ao lado da Nação Zumbi, fez muita gente se perguntar: o que é isso que está tocando? Realmente, o som era complexo, pesado e acima de tudo, com muita qualidade. Como dizia Chico, tinha que “deixar tudo soando bem aos ouvidos”. Foi o lance mais inovador dos últimos tempos. Além disso, Chico era um poeta, um cara de sensibilidade extremamente apurada. Falava, com conhecimento de causa e sem clichês, de respeito, desigualdade sócio-racial, revolução e da globalização versus o local. Citava personagens marginalizados pela sociedade através dos tempos como Zumbi dos Palmares, Zapata, Sandino, Lampião e os Panteras Negras. Chico Science foi um dos idealizadores do movimento Mangue e trouxe a cultura de sua terra natal para o resto do país. “...trago as luzes dos postes nos olhos, rios e pontes no coração, Pernambuco embaixo dos pés e minha mente na imensidão”. Chico morreu em 1997, aos 33 anos, num acidente de carro na fronteira entre o Recife e Olinda. Definitivamente, a trajetória sonora do Brasil divide-se em A.C e D.C. Salve Chico.

Etnia
Chico Science

Somos todos juntos uma miscigenação
E não podemos fugir da nossa etnia
Índios, brancos, negros e mestiços
Nada de errado em seus princípios
O seu e o meu são iguais
Corre nas veias sem parar
Costumes, é folclore é tradição
Capoeira que rasga o chão
Samba que sai da favela acabada
É hip hop na minha embolada
É o povo na arte
É arte no povo
E não o povo na arte
De quem faz arte com o povo
Por de trás de algo que se esconde
Há sempre uma grande mina de conhecimentos e sentimentos
Não há mistérios em descobrir
O que você tem e o que gosta
Não há mistérios em descobrir
O que você é e o que você faz
Maracatu psicodélico
Capoeira da Pesada
Bumba meu rádio
Berimbau elétrico
Frevo, samba e cores
Cores unidas e alegria
Nada de errado em nossa etnia.

Wednesday, February 01, 2006

Leitura do momento

No livro O Dia em que Getúlio Matou Allende você embarca num passeio pela história do Brasil. O jornalista Flávio Tavares lembra os principais acontecimentos que marcaram a trajetória política do país: a morte de Getúlio, JK e a construção de Brasília, Jânio Quadros e suas manias – ou loucuras, Jango, Brizola e o episódio da Legalidade, a ditadura militar. Os fatos são contados de forma esclarecedora, como num grandioso exercício de reportagem. A riqueza de detalhes em algumas situações proporciona a sensação de estarmos presenciando o fato e seus desdobramentos. Além disso, é aquele tipo de texto que merece ser verdadeiramente degustado. E em se tratando de “novelas do poder”, Tavares destaca ainda as influências de figuras estrangeiras como Che Guevara, Perón, De Gaulle, Stalin e Frida Kahlo. Por falar em poder, o autor mostra o quanto são frágeis estas relações, e que na época, a iminência de golpe rondava quase que diariamente as sedes do governo, primeiro no Rio de Janeiro e depois em Brasília. As maracutaias na cúpula, a trairagem e o superfaturamento de obras também aparecem – é a falcatrua e a farra com o dinheiro público através dos tempos fazendo discípulos. O Dia em que Getúlio Matou Allende tem 330 páginas. O custo é de R$ 42,90 – um tanto salgado, mas vale a pena. Recomendo.

Salve Coletivo

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