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Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!

Friday, March 30, 2007

A segunda vida

Putz, essa semana me deparei com uma leitura abordando a Second Life. Second Life? Pois é, até então nunca tinha ouvido falar. Ela existe, mas não tem nada a ver com religiosidade, crença ou algo do gênero. Trata-se de um mundo virtual, onde as pessoas relacionam-se como se estivessem em uma cidade normal. Existem casas, prédios, carros, empresas, festas, enfim. Cada pessoa é representada por uma espécie de bonequinho, mas com formas humanas bem definidas, como nos mais avanços jogos de computador. Os seres que habitam a Second Life são chamados de Avatar. E a coisa é tão “real” que para você se vestir, por exemplo, precisa comprar roupas em lojas existentes nesse cenário paralelo. E custa dinheiro. Linden é o nome da moeda. Isso se processa através de transações por cartões de crédito, daí, de forma verdadeira. Ou seja, até terrenos são comercializados na Second Life, mas quitados com grana mesmo, real, dólar, euro. O mais interessante é que neste final de semana será inaugurado o primeiro CTG na Second Life. Fiquei chocado. Interessante e surpreendente. Cada vez mais, homens e mulheres estão optando por este tipo de relacionamento. Fico preocupado com o futuro. Me pergunto onde fica o toque, o olho no olho? E o Orkut? Sei, é uma forma, digamos, um tanto “fria” de trocar idéias. Mas, uma vida dentro do computador já é demais pra minha cabeça. E o troço vem ganhando cada vez mais adeptos pelo mundo. São pelo menos cinco milhões de pessoas “vivendo” uma outra identidade. Em linhas gerais, é mais ou menos assim que funciona.

Wednesday, March 14, 2007

Ouça no volume máximo

Pois bem, amigos. Hoje o assunto é música. Então, queria lembrar de uma grande banda que, infelizmente, encerrou definitivamente suas atividades, pelo que sei, ou até que surjam informações contrárias. Trata-se de um grupo de São Leopoldo. Talvez nem todos lembrem, mas estou falando da PULSE. O que aconteceu com os caras? Resolvi expor o assunto depois de estar viajando na Internet e encontrar a página da banda. O site está todo desfigurado, mas ainda é possível ouvir as composições do grupo. E que sonzera, meu velho! Muita melodia, pegada, harmonia, arranjos, putz. E mais: estavam muito a frente de todos nós, do ponto de vista de qualidade sonora, visão empresarial, marketing, etc. Mais ainda: sempre curti o lance de variar o som com altos e baixos, calmaria e pancada, preparação e explosão. E isso, a PULSE sabia fazer muito bem. Pra resumir, baita vocal do Gomez mais novo. Letra: aí vai uma das minhas preferidas:

Unconscious

The sun rises again.
I feel its gentle touch on my face.
My bed is all I have.
This unconsciousness fills the air.
I can’t feel my legs, my arms or
Forget the pain! Take me out of my head...
“So young and full of life”,
my mother always says before she cries.
It’s hard to realize that all that’s left for me is in this cry.
And every night the car crash echoes inside myself.
The darkness blurs my thoughts and I pray:
“Please God, help me, end this day!”
Unspoken words will have to be postponed.
My life goes on unconscious.

Tuesday, March 13, 2007

Oremos

Pois é, como diria o grande Aroldo de Souza: e agora, tchê? Ontem saiu a notícia de que o jornal Correio do Povo também foi vendido para Igreja Universal. A Rádio e TV Guaíba já tinham sido incorporadas ao patrimônio do senhor Edir Macedo. A venda do Correio surpreendeu ainda mais, já que o proprietário do complexo havia, anteriormente, negado veementemente a negociação envolvendo o jornal. Bom, enfim. Restam incertezas por parte de todos que trabalham por lá, principalmente os jornalistas. Muitos com anos de casa. Também fica a dúvida sobre as intenções dos novos proprietários. Se investirem na área de informação, quem sabe isso possa movimentar o mercado, abrir novos campos de trabalho e valorizar os profissionais da área. Fica o benefício da dúvida. Mas também a angústia, as especulações, uma vez que, até o momento, nada há de concreto. Os novos proprietários deverão se apresentar na próxima semana. O lamentável, efetivamente até agora, é o desgaste de uma das empresas jornalísticas mais tradicionais do Estado. É uma pena. E o que é pior, especula-se que o complexo Correio do Povo – Rádio Guaíba tenha sido vendido por algo em torno de R$ 100 milhões. Muito pouco para este império que contou a história do povo gaúcho. Enfim. Esperemos. Melhor, oremos. Fazer o quê?

Monday, March 12, 2007

Esse cara era foda

Bueno, como disse no post abaixo, estamos retomando as atividades. Neste primeiro contato efetivo em 2007, gostaria de sugerir algo da série “Leitura do Momento”. Vamos lá, então. Não é segredo que tenho uma paixão pelas biografias. Acho que o campo de visão vai além, não só a respeito do personagem, mas em relação ao contexto. Enfim. O lance é que nos últimos dias tenho dedicado minhas idas e vindas no trem à leitura de “Sinfonia Inacaba”, de Lilian Dreyer. O livro foi um presente da minha amiga Mary Mezzari. Trata-se da vida de José Lutzenberger. Então, no avançar das páginas, percebe-se o quanto esse cara era genial. Desde os primeiros anos de vida, Jolch, como era chamado pelas outras crianças, já apresentava tamanha sensibilidade e curiosidade em relação aos assuntos a sua volta. E chega a dar um nó na garganta quando recorda, ainda na infância, as visitas, as brincadeiras e a adoração pelo verde, flora e fauna, exuberantes no Morro da Polícia, em Porto Alegre. Das águas límpidas do Arroio Dilúvio. As praias do Guaíba. Estamos falando em meados dos anos 20. No final dos anos 60, quando retorna da Europa, apavora-se com a degradação e o crescimento desordenado da cidade. Putz, anos 60. Fico imaginado a dor desse homem nos seus últimos anos de vida. Por falar em retornar da Europa, essa volta ao Brasil ocorre por estar vivendo uma crise de consciência. Formou-se em Agronomia na UFRGS, mas com uma visão muito mais ampla do que os colegas de faculdade. Nesse momento já dispunha de uma consciência ecológica, aliás, a palavra ecologia era praticamente desconhecida na época. E Lutz foi um dos responsáveis pela propagação. Por todas suas aptidões, incluindo extremo conhecimento em química, fluência em inglês, alemão e francês, velocidade de raciocínio, dentre tantas outras qualidades, foi contratado por uma multinacional alemã, ligada ao setor químico. Viajou o mundo. Estava sendo cotado para um cargo de executivo, prestes a ganhar um dos maiores salários da empresa, quando percebeu que a indústria havia focado seus investimentos no ramo de defensivos agrícolas. Defensivos agrícolas? Pois bem, futuramente, esses produtos viriam a ser chamados de agrotóxicos, devido também a luta e insistência de Lutzemberger. E isso foi o pivô de sua dor de cabeça. Não poderia mais trabalhar para uma empresa que distribuía veneno pelo mundo, acabando com tudo que era vivo nas lavouras, inclusive muitos agricultores morreram na esperança de ver suas plantações mais produtivas. Na época não havia a cultura de equipamentos de proteção e era um período em que pouco se sabia sobre as conseqüências do uso continuo deste material. Pois o homem previu a catástrofe que estaria por vir. Pediu demissão e montou em Porto Alegre a Agapan, na defesa da natureza, na defesa da vida. Tornou-se um ambientalista. Precisamos de mais militantes como Lutzemberger. O aquecimento global é uma realidade. E logo chegará o dia em que a natureza irá, efetivamente, cobrar de nós tudo o que fizemos contra ela ao longo dos anos. Que medo! Proponho fazermos a nossa parte enquanto há tempo.

Wednesday, March 07, 2007

Retomando a atividade

Em breve, muito em breve, novos posts. Aguardem.

Salve Coletivo

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