Contundente. É tipo um soco na boca do estômago. Em relatos que conversam com o leitor, os caras apontam a realidade cruel em que a juventude da periferia é exposta cotidianamente. O tráfico, a violência, o vício, o medo, a corrupção policial, o racismo, o descaso, o ódio, a bala perdida, etc. Trazem para discussão a forma como todos estes problemas estão sendo (ou como deveriam ser) tratados pelo poder público e pela sociedade. O terreno é bastante espinhoso e complexo. E essa é a questão. Como desenrolar todos esses nós quando temos falência moral de cima para baixo? Falta base, educação, saúde, cultura, emprego. Sem isso, o círculo será literalmente vicioso. Avançando nas páginas, voltei à minha monografia. Estudei o Hip Hop e a mídia e, em determinado momento, cheguei a conclusão de que quem ajuda a favela é a própria favela. Falta conhecimento de causa e vontade política para projetos sociais eficientes que possam acender aquela luz no fim do túnel para a rapaziada. Numa entrevista que fiz com DJ Nezzo para o TC, ele disse: “na maioria das vezes, a única referência que a comunidade tem com o estado é quando a polícia entre na periferia”. E da parte da mídia, uma das falhas que apontei, é a falta de aprofundamento e contextualização neste tipo de cobertura, relatando, por exemplo, ações como as do movimento Hip Hop. E o que é mais perigoso, a generalização: favela como sinônimo de marginalidade. A temática precisa ser constantemente debatida de forma séria, por todos os seguimentos. Recomendo esta leitura como um incentivo a internalizar essas questões e a projetar de que forma podemos fazer a nossa parte. Lutemos pela salvação do coletivo.
- TOM FORTUNATO
- Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!
Tuesday, August 07, 2007
Leitura do momento
Contundente. É tipo um soco na boca do estômago. Em relatos que conversam com o leitor, os caras apontam a realidade cruel em que a juventude da periferia é exposta cotidianamente. O tráfico, a violência, o vício, o medo, a corrupção policial, o racismo, o descaso, o ódio, a bala perdida, etc. Trazem para discussão a forma como todos estes problemas estão sendo (ou como deveriam ser) tratados pelo poder público e pela sociedade. O terreno é bastante espinhoso e complexo. E essa é a questão. Como desenrolar todos esses nós quando temos falência moral de cima para baixo? Falta base, educação, saúde, cultura, emprego. Sem isso, o círculo será literalmente vicioso. Avançando nas páginas, voltei à minha monografia. Estudei o Hip Hop e a mídia e, em determinado momento, cheguei a conclusão de que quem ajuda a favela é a própria favela. Falta conhecimento de causa e vontade política para projetos sociais eficientes que possam acender aquela luz no fim do túnel para a rapaziada. Numa entrevista que fiz com DJ Nezzo para o TC, ele disse: “na maioria das vezes, a única referência que a comunidade tem com o estado é quando a polícia entre na periferia”. E da parte da mídia, uma das falhas que apontei, é a falta de aprofundamento e contextualização neste tipo de cobertura, relatando, por exemplo, ações como as do movimento Hip Hop. E o que é mais perigoso, a generalização: favela como sinônimo de marginalidade. A temática precisa ser constantemente debatida de forma séria, por todos os seguimentos. Recomendo esta leitura como um incentivo a internalizar essas questões e a projetar de que forma podemos fazer a nossa parte. Lutemos pela salvação do coletivo.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)

1 comment:
eh um fato. infelizmente eh a realidade, porem a sociedade nao deveria julga-los ou descrimina-los, e sim tentar ajuda-los de alguma forma. pois, favela nao eh sinonimo de marginalidade, todos nos deviam ter consciencia de que, sao vidas, pessoas que de alguma forma lutam pelo seu ideal.
by basilio.
Post a Comment