My photo
Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!

Tuesday, December 25, 2007

Qual é a graça?

Realmente não consigo entender a fixação de certas pessoas com foguetes, rojões, bombinhas e assemelhados. Nessa época, então, que loucura. Na segunda, 24, indo para o Natal na casa do meu irmão, me deparei com crianças e adolescentes brincando com os referidos artefatos. Prova o que já se sabe: o material é vendido indiscriminadamente nos estabelecimentos mais diversos. Muitas vezes, na maioria, não se tem nem a procedência dos explosivos. O que é pior, alguns pais também não estão nem aí. Só depois que ocorrem as tragédias é que se lembram das orientações que deveriam ter dado. Outros ainda incentivam os menores através dos exemplos, já que são fãs dessa palhaçada, e o fazem com crianças por perto. Total irresponsabilidade. Sei que é um momento de comemoração, confraternização, renovação, etc, mas extravasar dessa forma é burrice. Visualizemos tal situação: lá pelo meio da festa, tudo rolando numa boa, como deve ser, e o abobadão, para se mostrar, começa a soltar foguetes. Um dos artefatos falha, estoura na sua mão. Se apenas perder os dedos, o cara deve ficar bem feliz. As pessoas não sabem o potencial de perigo com que estão lidando, os médicos plantonistas que o digam. Tem coisas que devem ser feitas somente por profissionais. Essa é uma delas. Só assim é possível acompanhar, com segurança, espetáculos verdadeiramente bonitos.

Wednesday, December 19, 2007

Leitura do momento

Tempos atrás publiquei neste espaço que Nelson Motta estava escrevendo a biografia de Sebastião Rodrigues Maia. Pois aí está, materializada a obra de uma vida muito louca, cheia de percalços, brigas, prisões, vícios, mas repleta de ritmo, que resultou numa das melhores páginas já escritas na história da música brasileira. Tim Maia era temperamental, inconseqüente, porém, sempre esteve à frente de seu tempo. Introduziu o Soul no país, acrescentando um tempero tipicamente nacional. Produziu algo novo e revolucionário num tempo em que a Jovem Guarda enlouquecia as garotinhas. Ele pensava música no mais amplo sentido que esta palavra possa ter. Previa arranjos, frases sonoras, métrica das batidas, as linhas de baixo, os riffs e intervenção dos metais. Sensibilidade total. Só para citar uma das passagens, fiquei emocionado nas circunstâncias como ele compôs “Azul da cor do mar”:
Ah! Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi...
E na vida a gente
Tem que entender
Que um nasce pra sofrer
Enquanto o outro ri...
Não dá para contar. Deixo aqui a curiosidade, só para provocar um pouco. É que a leitura realmente vale a pena, não tenha dúvida. Fato a lamentar foi a perda precoce desse cara, vítima de seus próprios excessos, mas que muito ensinou/influenciou os que vieram depois. Salve Tim. Ah, e o texto do Nelson Motta... Sem comentário, seria chover no molhado falar alguma coisa.

Tuesday, December 18, 2007

A função de dezembro

O ano voou mesmo. Já estamos em dezembro, melhor, metade do mês. Em seguida será 2008. Mas o que mais me incomoda nesta época é loucura das pessoas. Há uma histeria no ar. A correria se intensifica, o trânsito fica mais insuportável que o normal. O calor aumenta consideravelmente. Todos os lugares estão lotados, o tempo inteiro. Filas se multiplicam, a paciência se esvai. O foguetório rompe a noite os sete dias da semana, perturbando, enchendo o saco. As festas temáticas não param, a hipocrisia das campanhas sociais entope nossas TVs, rádios e e-mails. Os jingles natalinos invadem até nossos sonhos. Que troço enfadonho. Há quem goste dessa função toda. De minha parte, torço para que o tempo siga passando rápido e que venha logo janeiro.

Salve Coletivo

Powered By Blogger