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Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!

Monday, January 28, 2008

Trânsito lento

"Estamos vivendo o pré-caos". A afirmação é de um professor da UFRGS, especialista em transportes com quem conversei na semana passada. No bate-papo, expressei minha preocupação quanto ao inchaço populacional e a falta de infra-estrutura para atender toda essa demanda. Ele, citando dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), me deixou ainda mais abalado. Em 2007, foram comercializados, no país, mais de 4,2 milhões de unidades, uma alta de 29,57% em relação ao ano anterior. Claro, por um lado, isso representa crescimento econômico, empregos e uma certa estabilidade financeira por parte da população. O problema é que os investimentos em estradas, por exemplo, não conseguem acompanhar infimamente o desenvolvimento da indústria. Resultado: destruição da malha viária já existente, mais acidentes, engarrafamentos, só para citar alguns problemas neste processo. Todos os lugares estão lotados, o tempo inteiro. Estacionar, atualmente, é uma missão extremamente complicada, mesmo com as cidades menos movimentadas com a maior parte da população no Litoral. Por falar em Litoral, meu Deus! Acompanhando o movimento todos os finais de semana, é visível o aumento da frota. Saindo da Free Way, tem trânsito lento na sexta e no domingo. Haja paciência. Outro exemplo, a BR 116. Estrangulada. O pior é que não se visualizam soluções a curto prazo, como ressaltou o professor. Por outro lado, para amenizar, afirmou que ainda vai demorar um pouco para termos por aqui o mesmo que acontece em SP. No fundo, acho que ele disse isso só para aliviar e descontrair diante do breve silêncio após sua avaliação exposta aqui na abertura do texto. “Mas é um bom tema, importante. Temos que intensificar os debates neste sentido”, finalizou.

Wednesday, January 16, 2008

A Ponte

Para começar 2008, queria falar de um tema menos árido e que foi alvo de uma entrevista que fiz recentemente para um freela. Conversei com a historiadora Alice Trusz, uma das autoras do livro A Ponte do Guaíba. Pois a Ponte está completando 50 anos em dezembro de 2008. Ela contou como a pesquisa foi realizada, levando em consideração os aspectos econômicos-sociais-culturais-ambientais que envolveram o empreendimento, construído entre 1955 e 1958. A Ponte, com a peculiaridade do vão móvel, realmente transformou a paisagem no bairro Navegantes e tornou-se um cartão postal de Porto Alegre, sendo ilustrada em comerciais e filmes. Só o Jorge Furtado utilizou três vezes o cenário. Uma das histórias curiosas contadas por Alice Trusz remete à confusão quanto ao nome da Ponte. Na época da inauguração, o governador do Estado, Ildo Meneghetti, batizou a Ponte como Travessia Regis Bittencourt, em homenagem ao engenheiro que projetou a obra. Porém, quando assumiu o Piratini, Leonel Brizola, resolveu exaltar a figura do presidente Getúlio Vargas e rebatizou-a como Travessia Getúlio Vargas. O inusitado é que no outro dia, a placa com o nome da Ponte foi roubada e ela passou a ser conhecida mesmo como Ponte do Guaíba. O livro, de 96 páginas, conta com textos de Rualdo Menegat, Luiz Antônio Bolcato Custódio, Flávio Kiefer, Alice Dubina Trusz, Rosélia Araújo Vianna e Beatriz Blay, que também assina a edição, contando com a coordenação editorial de Maria Cristina Wolff de Carvalho. A obra traz ainda imagens históricas e recentes, estas últimas produzidas no verão e outono de 2007 pelo fotógrafo Eduardo Aigner. O valor do livro é de R$ 59,00. Garanto que seria uma grana muito bem empregada. Vale a pena.

Salve Coletivo

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