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Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!

Wednesday, January 16, 2008

A Ponte

Para começar 2008, queria falar de um tema menos árido e que foi alvo de uma entrevista que fiz recentemente para um freela. Conversei com a historiadora Alice Trusz, uma das autoras do livro A Ponte do Guaíba. Pois a Ponte está completando 50 anos em dezembro de 2008. Ela contou como a pesquisa foi realizada, levando em consideração os aspectos econômicos-sociais-culturais-ambientais que envolveram o empreendimento, construído entre 1955 e 1958. A Ponte, com a peculiaridade do vão móvel, realmente transformou a paisagem no bairro Navegantes e tornou-se um cartão postal de Porto Alegre, sendo ilustrada em comerciais e filmes. Só o Jorge Furtado utilizou três vezes o cenário. Uma das histórias curiosas contadas por Alice Trusz remete à confusão quanto ao nome da Ponte. Na época da inauguração, o governador do Estado, Ildo Meneghetti, batizou a Ponte como Travessia Regis Bittencourt, em homenagem ao engenheiro que projetou a obra. Porém, quando assumiu o Piratini, Leonel Brizola, resolveu exaltar a figura do presidente Getúlio Vargas e rebatizou-a como Travessia Getúlio Vargas. O inusitado é que no outro dia, a placa com o nome da Ponte foi roubada e ela passou a ser conhecida mesmo como Ponte do Guaíba. O livro, de 96 páginas, conta com textos de Rualdo Menegat, Luiz Antônio Bolcato Custódio, Flávio Kiefer, Alice Dubina Trusz, Rosélia Araújo Vianna e Beatriz Blay, que também assina a edição, contando com a coordenação editorial de Maria Cristina Wolff de Carvalho. A obra traz ainda imagens históricas e recentes, estas últimas produzidas no verão e outono de 2007 pelo fotógrafo Eduardo Aigner. O valor do livro é de R$ 59,00. Garanto que seria uma grana muito bem empregada. Vale a pena.

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