Na última quarta-feira encontrei no centro de Porto Alegre um grande amigo do passado. Paramos para bater um papo entre os gritos de “aleluia, aleluia". O coro era produzido por uma moçada que a plenos pulmões divulgava a palavra do Senhor. Então, fazia pelo menos uns dez anos que não topava com este parceiro. Trocamos perguntas sobre os demais conhecidos da época de colégio, o velho segundo grau – hoje ensino médio. Lembro que a figura era tri festeira. E dos mais fervorosos fãs de Ramones. De carteirinha mesmo. Sempre de Walkman, agitado, estilo punk e nem aí. Um camarada pra todas as horas. Enfim, seguimos trovando. Ele me pareceu mais desgastado, com uma fala pausada, mais centrado no que dizia. Estranhei, mas até aí, tudo bem. Recordamos de alguns momentos engraçados e percebi que até pra sorrir o cara estava mais contido. Me contou que seguia estudando e ainda morando na mesma cidade. Passei meu telefone para um contato posterior. Nas despedidas, tomei a liberdade em nome dos idos tempos e questionei se ele estava legal, se estava tudo bem. Foi quando olhou fundo nos meus olhos e proferiu sem rodeios e com uma convicção surpreendente: - Hoje estou bem. Muito bem. Bem mesmo. Renovou o fôlego e mandou sem respeitar qualquer limite de decibéis: - ALELUIA. Hoje ajudo na pregação. ALELUIA. Juro. Me assustei com a berraçada. Fiquei sem ação até entender o que estava acontecendo. E na seqüência veio a ladainha característica dos irmãos. Nos cumprimentamos e apurei o passo em direção ao Mercado Público. One, two, three, four....
- TOM FORTUNATO
- Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!
Wednesday, April 12, 2006
E o hey ho let's go ficou na história
Na última quarta-feira encontrei no centro de Porto Alegre um grande amigo do passado. Paramos para bater um papo entre os gritos de “aleluia, aleluia". O coro era produzido por uma moçada que a plenos pulmões divulgava a palavra do Senhor. Então, fazia pelo menos uns dez anos que não topava com este parceiro. Trocamos perguntas sobre os demais conhecidos da época de colégio, o velho segundo grau – hoje ensino médio. Lembro que a figura era tri festeira. E dos mais fervorosos fãs de Ramones. De carteirinha mesmo. Sempre de Walkman, agitado, estilo punk e nem aí. Um camarada pra todas as horas. Enfim, seguimos trovando. Ele me pareceu mais desgastado, com uma fala pausada, mais centrado no que dizia. Estranhei, mas até aí, tudo bem. Recordamos de alguns momentos engraçados e percebi que até pra sorrir o cara estava mais contido. Me contou que seguia estudando e ainda morando na mesma cidade. Passei meu telefone para um contato posterior. Nas despedidas, tomei a liberdade em nome dos idos tempos e questionei se ele estava legal, se estava tudo bem. Foi quando olhou fundo nos meus olhos e proferiu sem rodeios e com uma convicção surpreendente: - Hoje estou bem. Muito bem. Bem mesmo. Renovou o fôlego e mandou sem respeitar qualquer limite de decibéis: - ALELUIA. Hoje ajudo na pregação. ALELUIA. Juro. Me assustei com a berraçada. Fiquei sem ação até entender o que estava acontecendo. E na seqüência veio a ladainha característica dos irmãos. Nos cumprimentamos e apurei o passo em direção ao Mercado Público. One, two, three, four....
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