Por falar em música, vi o show da Nação Zumbi no Canal Brasil, um domingo desses. Fiquei espantado, emocionado, na verdade. Depois que o Chico levou sua poesia para a outra dimensão, deixei de acompanhar um pouco a banda, embora sempre ouvindo uma coisa e outra. Agora, a apresentação dos caras despertou novamente meu entusiasmo. Eles estão maduros, seguros e firmaram a identidade "Nação Zumbi". Quando a banda surgiu, no início dos anos 90, tendo à frente o mestre Science, musicalmente falando, foi, para mim, o troço mais inovador que já existiu por aqui nos últimos 30 anos, pelo menos. A perda prematura, deixou a banda meio desorientada, com uma sonoridade quase sem personalidade. Entretanto, "como um pássaro o tempo voa" e os pernambucanos souberam ter esse tempo como aliado. Evidente que os clássicos da época não podem faltar, até como um sinal de respeito ao fundador do grupo, mas a banda foi além. Os tambores que nunca silenciaram, agora, estão cada vez mais encorpados, Du Peixe está cantando, Pupilo está mais visceral, Lúcio arranca riffs gordurosos, sem falar nas letras. Arrisco, sem medo de errar: a Nação é a melhor banda do Brasil. Por favor, não me venham com essas melodias ridículas que estão por aí, sem conteúdo, e todas parecidas, produção em série, fruto da modinha do momento. Não, por favor, isso não. Estamos falando de música de verdade, não de palhaçada ou arremedos. Aliás, os anos dois mil estão se caracterizando por essa pulverização musical. Assim é.
- TOM FORTUNATO
- Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!
Thursday, September 11, 2008
Eu vim com a Nação Zumbi
Por falar em música, vi o show da Nação Zumbi no Canal Brasil, um domingo desses. Fiquei espantado, emocionado, na verdade. Depois que o Chico levou sua poesia para a outra dimensão, deixei de acompanhar um pouco a banda, embora sempre ouvindo uma coisa e outra. Agora, a apresentação dos caras despertou novamente meu entusiasmo. Eles estão maduros, seguros e firmaram a identidade "Nação Zumbi". Quando a banda surgiu, no início dos anos 90, tendo à frente o mestre Science, musicalmente falando, foi, para mim, o troço mais inovador que já existiu por aqui nos últimos 30 anos, pelo menos. A perda prematura, deixou a banda meio desorientada, com uma sonoridade quase sem personalidade. Entretanto, "como um pássaro o tempo voa" e os pernambucanos souberam ter esse tempo como aliado. Evidente que os clássicos da época não podem faltar, até como um sinal de respeito ao fundador do grupo, mas a banda foi além. Os tambores que nunca silenciaram, agora, estão cada vez mais encorpados, Du Peixe está cantando, Pupilo está mais visceral, Lúcio arranca riffs gordurosos, sem falar nas letras. Arrisco, sem medo de errar: a Nação é a melhor banda do Brasil. Por favor, não me venham com essas melodias ridículas que estão por aí, sem conteúdo, e todas parecidas, produção em série, fruto da modinha do momento. Não, por favor, isso não. Estamos falando de música de verdade, não de palhaçada ou arremedos. Aliás, os anos dois mil estão se caracterizando por essa pulverização musical. Assim é.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)

No comments:
Post a Comment