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Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!

Tuesday, December 13, 2005

Foi como nos velhos tempos

No final de semana, voltamos a falar sobre o show do Pearl Jam. Com cada um que converso e que estava lá, sempre surge algo novo, um detalhe que faz enriquecer ainda mais o grande e histórico evento do 28 de novembro, na capital gaúcha. Queria ter escrito no dia seguinte, mas não conseguia organizar os pensamentos, tamanho choque emocional, tamanha quantidade de informação e tamanha qualidade. Demorou para cair a ficha. Foi tudo tão espetacular que no fundo tornou-se difícil de acreditar. Mas era verdade: eles estavam ali, a poucos metros. Eu vi o Pearl Jam. Não só eu, outros 12,5 mil também estiveram presentes no Gigantinho naquela tarde/noite quente e mágica. Foi uma apresentação antológica. Tudo perfeito: som, luz e especialmente a performance da rapaziada de Seattle. Mordi minha língua quando falei, tempos atrás, sobre a atuação dos caras, baseado em um DVD que tinha visto há alguns meses. Dizia: “bah, não são mais os mesmos da época do Ten. Eles estão mais parados. Deve ser um show morno”. Confesso que entrei na fila às 15h30 ainda um tanto desconfiado, mas, de qualquer forma, valeria pelo conjunto da obra. No entanto......Se eu pudesse definir a apresentação de Porto Alegre em uma palavra, esta seria visceral. Tocaram com vontade e maestria. Visceral, esta é a palavra. Vedder e seu timbre inconfundível, cantado com alma, expondo todas suas caretas e trejeitos que acostumamos a ver durante nossa adolescência. É... foi como nos velhos tempos. Por vezes fechava os olhos marejados no meio da multidão e o filme daqueles idos anos voltavam com vigor à minha mente. Tudo nítido e com trilha sonora. Um desfile de todas as músicas que marcaram não só a minha trajetória de vida, mas a de meus melhores amigos. E eles também estavam lá. Isso foi realmente emocionante.

1 comment:

TOM FORTUNATO said...

por falar em grunge, eles tocaram um som que pra mim é a essência do movimento: state of love and trust.

Salve Coletivo

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