Avançando nas leituras, é inevitável lincar aos aforismos do mestre Chico, o Science. Neste caso, refiro-me a um "pensar-olhar-sentir" a cidade, esse elemento vivo, pulsante e reconfigurado (r) no âmbito da contemporaneidade. "A cidade se apresenta centro das ambições para mendigos ou ricos e outras armações. Coletivos, automóveis, motos e metrôs, trabalhadores, patrões, policiais, camelôs". São esses fluxos que potencializam a diversidade cultural, através de hibridismos envolvendo costumes, comportamento, ideologias, linguagens, enfim. É uma espécie de caos, que nega a etimologia da palavra e vê-se ligada a um tipo de organização específica. A cidade sugere o urbano. O urbano apresenta suas tribos, estabelecidas pelo sentimento de pertença e repulsa. A cidade se movimenta. O tensionamento entre as classes é outra característica, embora o espaço urbano não faça distinções. Todos estão representados. Até os monumentos esquecidos pelo tempo são reintegrados. As pichações se encarregam disso. Não quero fazer juízo de valores, certo ou errado. É apenas constatação, advinda do exercício de observar, observação participativa, afinal, aqui vivemos. Reitero os versos de Chico: “A cidade não pára, a cidade só cresce. O de cima sobe e o de baixo desce”. Acrescento: “O objeto cidade é uma sucessão de territórios onde as pessoas, de maneira mais ou menos efêmera, se enraízam, se retraem, buscam abrigo e segurança” (MAFFESOLI, 2006, p.224).
- TOM FORTUNATO
- Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!
Monday, June 16, 2008
Reflexões sobre a cidade
Avançando nas leituras, é inevitável lincar aos aforismos do mestre Chico, o Science. Neste caso, refiro-me a um "pensar-olhar-sentir" a cidade, esse elemento vivo, pulsante e reconfigurado (r) no âmbito da contemporaneidade. "A cidade se apresenta centro das ambições para mendigos ou ricos e outras armações. Coletivos, automóveis, motos e metrôs, trabalhadores, patrões, policiais, camelôs". São esses fluxos que potencializam a diversidade cultural, através de hibridismos envolvendo costumes, comportamento, ideologias, linguagens, enfim. É uma espécie de caos, que nega a etimologia da palavra e vê-se ligada a um tipo de organização específica. A cidade sugere o urbano. O urbano apresenta suas tribos, estabelecidas pelo sentimento de pertença e repulsa. A cidade se movimenta. O tensionamento entre as classes é outra característica, embora o espaço urbano não faça distinções. Todos estão representados. Até os monumentos esquecidos pelo tempo são reintegrados. As pichações se encarregam disso. Não quero fazer juízo de valores, certo ou errado. É apenas constatação, advinda do exercício de observar, observação participativa, afinal, aqui vivemos. Reitero os versos de Chico: “A cidade não pára, a cidade só cresce. O de cima sobe e o de baixo desce”. Acrescento: “O objeto cidade é uma sucessão de territórios onde as pessoas, de maneira mais ou menos efêmera, se enraízam, se retraem, buscam abrigo e segurança” (MAFFESOLI, 2006, p.224).
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