Hoje li sobre filmes que estão sendo produzidos contando a história do Renato Russo e do Legião Urbana. Acho bacana como mais uma ferramenta de resgate e memória da música brasileira. É indiscutível a influência da banda no cenário nacional, a partir dos anos 80. E um tipo de registro assim confere às novas gerações a oportunidade de conhecer um pouco mais do já foi feito por aqui. No tempo do bolachão, movido pelas rádios e pela vontade de ter em casa o som das festinhas, comprei o Dois. Nas rodas de violão, era só o que dava. Meus primeiros acordes foram acompanhando as cifras do Legião. Muitos clássicos, sem dúvida. Entretanto, não posso afirmar que gosto da banda. Sei da sua importância e peso como referência, mas não é uma sonoridade que me atraia ou sensibilize. Tive uma fase e tal, curti nos 12, 13 anos, porém, nunca cheguei a cultuar. As letras são bacanas, embora ache o Cazuza mais contundente. Enfim, se fosse escolher agora uma das tantas para recordar, colocaria na trilha Música Urbana. Só!!!
- TOM FORTUNATO
- Estou em direção à névoa da cidade. O cheiro de fritura dá a noção da chegada. E sobre a ponte vejo o rio gotejar, lá embaixo. Libertação dos sentidos!!!!
Tuesday, May 31, 2011
Música urbana
Hoje li sobre filmes que estão sendo produzidos contando a história do Renato Russo e do Legião Urbana. Acho bacana como mais uma ferramenta de resgate e memória da música brasileira. É indiscutível a influência da banda no cenário nacional, a partir dos anos 80. E um tipo de registro assim confere às novas gerações a oportunidade de conhecer um pouco mais do já foi feito por aqui. No tempo do bolachão, movido pelas rádios e pela vontade de ter em casa o som das festinhas, comprei o Dois. Nas rodas de violão, era só o que dava. Meus primeiros acordes foram acompanhando as cifras do Legião. Muitos clássicos, sem dúvida. Entretanto, não posso afirmar que gosto da banda. Sei da sua importância e peso como referência, mas não é uma sonoridade que me atraia ou sensibilize. Tive uma fase e tal, curti nos 12, 13 anos, porém, nunca cheguei a cultuar. As letras são bacanas, embora ache o Cazuza mais contundente. Enfim, se fosse escolher agora uma das tantas para recordar, colocaria na trilha Música Urbana. Só!!!
Monday, May 30, 2011
Contemporâneo
Na madrugada de sábado, no Jornal da Globo, Nelson Motta, em sua coluna de música, falou sobre Jim Morrison. Básico. Relatou aquilo que todo mundo lembra quando se refere ao frontman dos Doors. Mas, importante: resgatou a figura do Rei Lagarto em rede nacional. Lançado no ano passado, o documentário When You’re Strange, repassa a trajetória da banda, com holofotes no seu vocalista, incluindo imagens raras. Sensacional e emocionante. Também, editado há pouco, o livro The Doors por The Doors revela os bastidores de fatos marcantes do grupo. Os depoimentos e as fotos são surpreendentes. Destaco essas manifestações recentes para reforçar o fascínio que Jim Morrison e os Doors ainda exercem sobre as pessoas. Apesar do tempo transcorrido, em se tratando de Doors, é possível afirmar, sem medo, que nada é definitivo. O mito, a música, as letras, a poesia, as performances, as dúvidas, o misticismo, criam um universo inesgotável de pesquisa e sedução. Mesmo depois de ouvir tanto, sempre se tem uma nova experiência a cada faixa reproduzida novamente. É inquietante, complexo e envolvente. E as publicações, as mídias, se ocupam de tentar traduzir, constantemente, o que foi esse fenômeno. Isso é bom, nos ajuda a entender melhor e a manter viva a memória de uma das maiores bandas de todos os tempos. Desperta interesse e aponta caminhos para novos estudos.
Friday, May 27, 2011
Comunicação e expressão
Hoje escutei Terra de Gigantes. Rolou assim, quase sem querer. Quando vi, foi. Baladinha e tal. Som de 88, 89, acho. Era a trilha que a gurizada curtia no tempo da calça bag – troço mais horrível. Enfim. O caso é que, na época, me marcou muito um trecho dessa letra: hey mãe, tem uns amigos tocando comigo / eles são legais, além do mais, não querem nem saber. Com 11, 12 anos, sem outras referências mais contundentes, achei aqueles versos repletos de rebeldia. Ficava imaginando: reunir os camaradas, formar uma banda, e cagar para todo resto. Era o plano perfeito. Estar no palco, escrever poemas e beijar as gurias. E não foram poucos os momentos de contemplação no Fantástico Mundo de Bob. Ok, mas sem sonho não há realidade. Fui concretizar parte das minhas idealizações em 94, quando encontrei pelo caminho alguns caras que também procuravam formas mais consistentes de expressar seus sentimentos.
Thursday, May 26, 2011
É boato
Meio da manhã. Cafezinho na mão. Aquela dose para dar um ânimo a mais. No primeiro gole, toca o celular. Do outro lado da linha, um sujeito ofegante, assustado. Reconheci a voz. Era um ex-colega de trabalho. Na verdade, um amigão de outros carnavais. O diálogo a seguir é dos mais inusitados:
É tu, Claiton?!!!
Sim, sou eu. Fala, meu velho.
Cara, fiquei sabendo de uma notícia muito ruim. Estou com as pernas tremendo até agora.
O que houve, o que aconteceu?
Cara, graças a Deus que tu atendeu!!!
O que houve?!!!
Meu, disseram que tu tinha morrido.
Como é?!!!
Sério. Foi fulano que disse.
Uma pausa. Percebo que outras pessoas acompanham nossa conversa. E ele comenta com os demais ao seu lado: estou com o Claiton na linha!!! Está tudo bem!!! Está tudo bem!!! E segue a nossa conversa:
Todo mundo estava apavorado por aqui.
Como assim, que papo é esse?!!! Estou vivo, meu!!! Bem vivo!!!
Que alivio! Que alivio!
Falamos mais um pouco e nos despedimos. Liguei para o fulano:
E aí, meu, que história é essa que morri?!!!
Ô meu, é tu, cara?!!!
Claro, porra!!!
Bah, ciclano disse que tu tinha morrido.
Que merda é essa?!!! De onde saiu isso?!!!
Entrei em contato com o ciclano, sem sucesso. Deixei recado: Claiton vive!!! Não me respondeu. Pegadinha ou estou me autopsicografando? Que doidera, mano!!!!
É tu, Claiton?!!!
Sim, sou eu. Fala, meu velho.
Cara, fiquei sabendo de uma notícia muito ruim. Estou com as pernas tremendo até agora.
O que houve, o que aconteceu?
Cara, graças a Deus que tu atendeu!!!
O que houve?!!!
Meu, disseram que tu tinha morrido.
Como é?!!!
Sério. Foi fulano que disse.
Uma pausa. Percebo que outras pessoas acompanham nossa conversa. E ele comenta com os demais ao seu lado: estou com o Claiton na linha!!! Está tudo bem!!! Está tudo bem!!! E segue a nossa conversa:
Todo mundo estava apavorado por aqui.
Como assim, que papo é esse?!!! Estou vivo, meu!!! Bem vivo!!!
Que alivio! Que alivio!
Falamos mais um pouco e nos despedimos. Liguei para o fulano:
E aí, meu, que história é essa que morri?!!!
Ô meu, é tu, cara?!!!
Claro, porra!!!
Bah, ciclano disse que tu tinha morrido.
Que merda é essa?!!! De onde saiu isso?!!!
Entrei em contato com o ciclano, sem sucesso. Deixei recado: Claiton vive!!! Não me respondeu. Pegadinha ou estou me autopsicografando? Que doidera, mano!!!!
Saturday, April 30, 2011
Ensaiar
Na época em que tinha banda e acompanhava frequentemente a evolução dos grupos ao nosso redor, a coisa que mais me impressionava era o ensaio. Não que eu fosse ao estúdio com os caras ou que estivesse ao lado no pré-show. É que essa prática fica muito evidente nas apresentações. O palco não mente. A força e a performance podem ter um significado pífio sem o suporte do treinamento anterior. O ensaio, além de colocar a música no prumo, enseja tantas outras realizações que, às vezes, nem são percebidas pela naturalidade com que as coisas acabam acontecendo. Não necessariamente, mas na maioria dos casos, são nos ensaios que surgem as piadas internas, as intimidades e afinidades. São nos ensaios que a parceria ganha o patamar de irmandade. Entretanto, como é da complicação natural da convivência, são nos ensaios que brotam também os ranços, a fofoca e a cizânia. Em determinadas situações, superável. Em outras, fica somente o amargo de um sonho que chegou ao fim. E muitos grupos esvaem-se sem deixar vestígio físico de sua obra, uma pena. Mas, em geral, o ensaio representa uma grande confraternização, sociabilidades reais e virtuais, em que agregam-se outros amigos, múltiplas histórias e novas canções. Há quem não goste de ensaiar, que ache um saco. Nesse caso, um mal necessário. Por outro lado, há quem venere o ensaio e o veja como um verdadeiro culto. Dos ensaios, só tenho boas lembranças.
Thursday, April 28, 2011
Wednesday, April 27, 2011
Vou falar...
Música: Inimigo Social (gravado em 1999)
Artista: Mocosite
Mocosite é:
Gritos e Letras - Tom Fortunato
Guitarra - Carlos Vargas
Baixo - Ricardo Costa
Bateria - Milton Saraiva
Inimigo social by tomfortunato
Artista: Mocosite
Mocosite é:
Gritos e Letras - Tom Fortunato
Guitarra - Carlos Vargas
Baixo - Ricardo Costa
Bateria - Milton Saraiva
Inimigo social by tomfortunato
Monday, April 25, 2011
Leitores
Diz o meu primo Cabeça que tem acompanhado seguidamente este espaço virtual de ideias. No final de semana, nos encontramos e fizemos uma roda de violão e bongô, na parceria do meu irmão, Black Nê, e o do Brother Lee. Visitamos sucessos antigos, lembramos de coisas hilárias de tempos idos e degustamos um assado espetacular. No feriadão ainda conversei com meus outros primos, os manos Erlon, Dino (da unha) e Núbia. Eles também afirmaram que já leram ou que pretendem conferir os meus escritos. Participamos de uma celebração muito especial, sábado. Foi uma Páscoa bem bacana, na companhia de pessoas maravilhosas, em família, na boa. Beijos a todos e obrigado pela audiência.
Tuesday, April 19, 2011
Os 70 do Rei
Existem coisas que não se pode negar. Ele é quase uma instituição. Atravessou e influenciou gerações, sempre cultuado como referência na discografia brasileira. Tem sons que são clássicos. “Todos estão Surdos” é um exemplo. Das minhas preferidas. Baita groove! Pegado! Em tempos de intolerância e violência, fica a mensagem. É hoje, 19 de abril. Parabéns, Robertão!!!
Tanta gente se esqueceu
Que a verdade não mudou
Quando a paz foi ensinada
Pouca gente escutou
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo

Tanta gente se esqueceu
Que a verdade não mudou
Quando a paz foi ensinada
Pouca gente escutou
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo
Thursday, April 14, 2011
Moment of Surrender
Ainda sobre o U2. Vale o registro. Não por acaso que a banda é diferenciada. O grupo alcançou um outro patamar pelo conjunto da obra. Além da ótima qualidade sonora, da poesia, e do palco hipnótico, as ações, desde o início da carreira, sempre foram marcadas pelo engajamento e a preocupação com os problemas que afetam os continentes mais pobres. Personificada na figura de Bono Vox, a banda cultivou, ao longo dos anos, tendo a música como instrumento, iniciativas de combate às mazelas mundiais, lutando pela igualdade, pelo fim da miséria e da intolerância. Chegando ao Brasil, assim como em outros países, o grupo fez questão de um encontro com a presidente, o que demonstra também o caráter político e social da visita. Nos shows de São Paulo, um momento extremamente especial: Bono solicita que apaguem as luzes e que a multidão mantenha apenas celulares ou isqueiros iluminando. É quando a banda presta homenagem às crianças assassinadas em Realengo. Os nomes das vítimas do massacre no Rio de Janeiro surgem no mega telão. É de embargar a voz. É de uma de uma sensibilidade que só poderia ter vindo do U2.
Wednesday, April 13, 2011
Breves impressões
Tuesday, April 12, 2011
1, 2, 3...14
Saturday, April 02, 2011
A unha
Meu primo Dino está com a unha escura no polegar direito. Apertou o dedo na porta do carro. Dói muito. Dói muito mesmo. Horrível! Solidarizei-me com ele. Sei o que é esse sofrimento. Há alguns anos passei pelo mesmo revés. A única diferença é que fui abatido na canhota. Foi um minuto de bobeira e a porta veio com tudo, impiedosa, malvada, vingativa. Dá vontade de gritar, sair pulando, de ir às lágrimas. O martírio começa na extremidade, toma todo o braço, chega ao ombro e sobe até a cabeça. No impulso desse desespero, na época em que fui vítima da tragédia, atirei-me ao hospital. O médico: “Vamos ter que furar a unha e dar vazão ao sangue que está pressionando. É por isso que dói tanto”. Furar a unha, como assim? Apesar da moléstia, a ideia de furar a unha me parecia ainda mais monstruosa. Vou embora, acho que estou é fazendo fiasco, pensei. Quando tomei o rumo da saída, uma enfermeira entra aos berros, procurando o paciente ferido no dedo. Deu mais medo. “Não vai doer nada”, disse a senhora com cara de poucos amigos. Ela não mentiu. Contrastando com sua expressão rude, a mulher foi delicada no trato com a agulha. Fez três furos. O sangue brotou. Alívio! Imediato. Saí até respirando melhor. Atenção: não façam isso em casa. Busquem sempre auxílio médico. E nunca mais esqueci aquela frase redentora gritada no meio da emergência: CADÊ O RAPAZ DA UNHA?
Monday, March 21, 2011
Estupidez
Todo ano é a mesma história: jovem levado ao hospital após sofrer trote na faculdade. Além do trauma que pode acompanhar a vítima pelo resto da vida, não são raros os casos que acabam em morte. Existem, se for esse o motivo, mil maneiras saudáveis e produtivas de integrar os novos alunos. O trote representa a mediocridade de seus mentores. Não tem graça nenhuma. Não acrescenta nada. Os praticantes tem culpa, sim. Merecem a devida punição. Por outro lado, ao meu ver, seus atos também refletem o comportamento de uma sociedade ainda intolerante com as diferenças e que tem o vício de apontar nos outros seus próprios defeitos. Não tem cabimento a realização de um sonho tornar-se pesadelo pela insanidade de um bando de covardes. Valem-se do anonimato, agem em grupo e pensam ser os donos do mundo. Hoje fala-se muito em bullying, palavra da moda para definir agressões físicas, morais e psicológicas, que já ocorrem há muitos anos. Seja qual for a denominação dessa prática repulsiva, o certo é que o tema merece ter cadeira permanente nos debates envolvendo as instituições de ensino e toda comunidade escolar. Precisa ser pauta diária, não só quando aparece nas novelas. Mais: todos precisamos nos educar para prevenir essa insanidade recorrente e que não traz orgulho para ninguém.
Thursday, March 17, 2011
Livros da vida
O surto veio e foi embora. Faz tempo. Partiu, sem deixar sequelas, será? Então, nos idos anos 90 eu cultivava o hábito da poesia, leitura e produção. Escrevia muito, cheguei a contabilizar mais de 200 composições. Na época, não existia computador, digo, não como hoje, de forma massificada. Por isso, tudo era na pena, de próprio punho. Lembro, além das folhas que se acumulavam entre os cadernos, possuía dois bloquinhos, desses de rascunho, lotados de frases inspiradas. Coloquei capa, plastifiquei, enfim, todos os cuidados para mantê-los da melhor forma. Um dos volumes tinha a foto do Jim Morrison... Recordo das tardes na biblioteca pública de São Leopoldo, passando os olhos nos clássicos e me instruindo sobre formas, estéticas e rimas. Dia desses procurei alguns dos meus sentimentos em caligrafia, nada. Tudo se perdeu. O interesse se diluiu, outras prioridades surgiram e os papiros devem estar amarelando em algum lugar incerto. Pena! Por outro lado, talvez a nostalgia sirva de motivação para escrevê-los novamente, quem sabe?
Wednesday, March 16, 2011
Insatisfação nossa de cada dia
É difícil lidar com ócio. Quando estamos avolumados de trabalho, clamamos por uma pausa. Parar faz bem, recobrar as energias é fundamental. Oxigena o cérebro e o corpo. Necessário, imperativo, juridicamente legal. Agora, pra curtir o fazer nada é preciso talento e cabeça no lugar. A inércia pra ser saudável precisa ser produtiva. Contraditório? Talvez. Conheço muitas pessoas que no final de 15 de férias, por exemplo, já estão entediadas e irritadiças, loucas pra retornar ao atribulado cotidiano. Enfim, cada um com suas manias e neuroses. Mas, no fundo, acho que poderíamos, deveríamos, aliás, aproveitar muito mais o dia e a forma como ele se apresenta, no batente ou no descanso. Claro, há casos e casos, generalidades são sempre perigosas. No entanto, muitas vezes, me parece que a insatisfação diária nos impulsiona a reclamar da chuva, do sol, do calor, do frio, do trampo, das férias, do movimento excessivo, da cidade vazia, de tudo. Em algum momento, tudo é alvo da nossa turrice. E começo por mim, obviamente, até porque este post foi inspirado em fatos verídicos, minhas verdades...Seguimos, vou respirar fundo e repensar as atitudes. O ócio temporário também serve pra isso. Em frente, pensamento positivo, fé em Deus, nos Orixás e hey ho, lets go!!!!!
Thursday, March 03, 2011
Wednesday, February 23, 2011
HC no palco
Não tenho certeza do ano, acho que foi em 2003. Apresentação no saudoso BR3, em São Leopoldo. Essa era a banda Hermano Chiapas, inspirada na sonoridade do Rage Against the Machine. Músicas próprias e versões funkeadas, hard groove, punch e mosh. Muita raça, muita força, expelindo sentimentos e ideias. Grandes momentos, emoções latentes e irmandades eternas. No retrato, da esq. para dir: Black Nê (percussão), Cristiano (bateria), Brother Lee (baixo), Carolos (guitarra) e Tom Fortunato (gritos). Histórico!!! Salve!!!
Saturday, February 12, 2011
Abelhinha acústica
O clipe foi um clássico dos anos 90. Sempre entre os primeiros do Disk, na época boa da MTV. Essa versão também achei muito bala.
Friday, February 11, 2011
Camisa 1
Bah, se tem um troço que acho bacana é uniforme de goleiro. Desde piá, fã do Benitez, me chamava a atenção aquele jogador que destoava dos demais. Além da “roupa”, as luvas também compunham a indumentária diferenciada. Eu ficava maravilhado com o personagem. Quando comecei a jogar, não tive dúvidas sobre qual posição queria atuar. Fiz carreira, breve, efêmera, é verdade. Arqueiro nos jogos da escola, ganhei notoriedade por fechar a meta. Com grandes atuações, fui parar na escolinha do Aimoré. Era o terceiro camisa 1 na minha categoria. O professor, então, optou por me colocar no time B. Putz, como assim? Saí. Veio, em seguida, o convite pra jogar com a gurizadinha do Inter, no futebol de salão. Fui, mais que faceiro. Depois de um campeonato perdido, acabei largando. No segundo grau, a consagração, medalha de primeiro lugar no certame estudantil, e troféu de goleiro menos vazado. A glória! E fim de papo! Não fui pra Europa, nem nada. Bom, tudo isso pra dizer que gostei muito do novo fardamento de goleiro do colorado pra temporada 2011. Sorte aos que vestirão esse manto nas competições que estão aí. Olha que a fu essa pretona, versão manga curta, no Renan. Bala!!!
Thursday, February 10, 2011
Só sei que foi assim
Falávamos ontem de coisas que ficaram no tempo e que a gurizadinha de hoje não se interessa mais. Aos 12 anos, lembro, nas férias, toda criançada do bairro, na mesma faixa etária, se reunia no ponto de encontro e começavam as brincadeiras. Algumas: polícia e ladrão, esconde-esconde, pega-pega, taco, botão, gol a gol, stop, enfim. Tudo ao ar livre, curtindo a natureza, subindo em árvores, tomando banho de chuva, fazendo guerra de barro, andando de bicicleta, de carrinho de lomba, aprendendo a empinar. Bom demais. Também estávamos sempre a um passo de outras molecagens que colocavam nossos pais de cabelo em pé. E o futebol? Ah...o futebol! Podíamos até escolher o campinho em que a pelada iria rolar a tarde inteira. A diversão era estarmos juntos. Tudo pareceria mais saudável e inocente.
Monday, February 07, 2011
Tecnomacumba
Música e religiosidade. Rita Ribeiro traduz isso muito bem no DVD Tecnomacumba. Baita energia, show pegado. No vídeo, Cavaleiro de Aruanda. Um grande salve pra Oxóssi!!!!
Entrei
Confesso que estava um pouco resistente. Só que agora me atirei de vez nas redes sociais. Há tempos frequentava o Orkut, mas já me parecia um tanto obsoleto. De uns dias pra cá, rompi a barreira do desconhecido – pra mim ainda – e passei a fazer parte do Twitter e do Facebook. Encontrei quase todo mundo lá. Impressionante a velocidade da informação, o que nos obriga, especialmente profissionais de comunicação, a sermos cada vez mais multimídia. E essas novas ferramentas cumprem o papel da instantaneidade. É viciante. Eu twitto, tu twittas....e assim por diante.
Thursday, February 03, 2011
Mutila
Branco e amarelo. As cores características dos guaipecas. Assim era o Muti, nick name - Mutilado, a alcunha de batismo - olha ele aí ao lado, numa 3x4 pra fazer o RG. Supostamente o último da ninhada, foi encontrado quase sem pêlos, sarnento, esguio e fedorento. O Nê, meu irmão, apareceu com o bichano. Ele cuidou, deu rango, carinho e nos afeiçoamos ao cusco. Virou membro da família. Bastava gritar “Mutila” e ele vinha se rebolando, lambendo, pulando, fazendo aquela festa tradicional dos sem raça definida – SRD. Depois de se recuperar do revés inicial, já sadio, começou a protagonizar uma série de casos curiosos. Pra começar, não tinha medo de foguetes. Enquanto os outros se escondiam e choravam em tempos de Natal e no Ano novo, o Muti se acomodava no portão da frente e acompanhava extasiado o espetáculo das luzes. Bem sentado, olhar fixo, dentes proeminentes na arcada inferior, parecia hipnotizado. Outra do dog: à noite, ele latia virado para casa e não para rua. Muita batata eu joguei no pobre do Muti por causa dessa prática. Certa vez, ele pulou o muro e transou com a cadelinha pintcher, que a vizinha tinha intenção de levá-la para cruzar com outro da mesma raça. Que rolo! Onde íamos a pé, o Muti seguia. Padaria, banco, locadora, bares. E entrava convicto nos estabelecimentos. Certa feita, ele sumiu. Voltou quase uma semana depois, esgualepado. Precisou recuperar as energias novamente. Mais uns dias, e ele fez a galinha de uma outra vizinha encontrar-se com o único mal irremediável. Quando estávamos quase conseguindo acalmar a mulher, afastando a ideia de que nosso cão não era capaz de tal barbárie, surge o Muti cheio de penas sujas de sangue no canto da boca. A cidadã xingou até a nossa terceira geração. O guaipeca sofreu ainda mais três atropelamentos. Imbatível, saiu ileso de dois. No terceiro, o veículo acertou suas patas traseiras. Tememos pelo pior. Achamos que ele nunca mais iria caminhar. Foi só a fome bater que o bicho, se equilibrando apenas com as dianteiras, tipo plantando bananeira, chegou até o prato e engraxou os bigodes. Sete luas depois, o Muti já estava correndo novamente pelo pátio, como se nada tivesse acontecido. Quem o conheceu, não esquece.
Monday, January 31, 2011
Lurdez
Olha que mistura bacana. Achei muito a fu. Já conhecia o trabalho dela no Mamelo Sound System. Em tempos de miséria sonora e muita choradeira, essa é da série "um alento para os nossos ouvidos". Criatividade e suavidade. Bem bom!
Thursday, January 27, 2011
Da vez pretérita
Tem um som do Mamelo Sound System que diz: “...me jogo do abismo, mas não sou indeciso...”. Tem a clássica do mestre Chico: “um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar”. Então, estou encarando um novo momento. Mudanças no campo profissional-cultural-cognitivo-contemplativo. De tempos em tempos é preciso repensar alguns conceitos, curtir o tempo vago, respirar fundo e depois seguir em frente. Fé em Deus, nos meus Orixás, e pé na tábua. Revigora alterar o retilíneo uniforme. O modo de observar as coisas após uma longa e exaustiva jornada ganha traços diferenciados e revela-se como um pensar macro, quase um olho de thundera. Quem dera. Enfim, só algumas divagações. Sigamos no "caminho do bem".
Monday, January 24, 2011
Evitando lágrimas
Taí uns caras que merecem toda a valorização da nossa sociedade, tatuados ou não. O trabalho que eles fazem não é pra qualquer um. Esses cidadãos, na mais ampla concepção da palavra, evitam que muitas famílias tenham o dia de lazer transformado em tragédia. Num desses finais de semana, em Capão, guarita 76, presenciei pelo menos três salvamentos. Num dos casos, três adolescentes estavam sendo levadas pela maré. Foi uma luta complicada para retirá-las das águas. A correnteza as empurrava para o lado oposto, teimando em dar uma trégua. Teve helicóptero e todo o aparado de resgate acionado prontamente. A batalha foi tão comovente que após as meninas regressarem à terra firme, seus salvadores foram efusivamente aplaudidos por toda orla que, atônita, torcia por um final feliz. E assim aconteceu. Parabéns para esses verdadeiros heróis contemporâneos que, no mesmo dia, ainda hastearam a bandeira azul, pois também encontraram uma criança perdida perambulando pelas areias. E aos veranistas, que orientem seus filhos, conversem com os salva-vidas, não abusem do mar. Respeito é a melhor forma de prevenção.
Friday, January 21, 2011
Bens simbólicos
Compondo. Fiz um som novo. Viola pegando a fu. Cruzão. Nada relacionado ou com pretensão de hit do momento. Mas faz bem à “alma do gaudério”. Há muito não exercia o dom da criação...risos. O fato é que o processo inventivo impulsiona o cidadão a pensar melhor. Estimula o olhar mais criterioso para suas próprias vísceras, bem como a troca de ideias com as almas boas desse mundo. Expande. É uma terapia gratuita e com resultados que ultrapassam o campo do valor material. Mexe com a capacidade adormecida ou pouca manipulada. É um misto de fé, reflexão, experiência extra-sensorial, erotismo e cotidiano. O mais novo fruto do meu ser ainda não está pronto. Preciso expelir letra e melodia. Espontaneidade e gozo.
Tuesday, January 11, 2011
Subscribe to:
Comments (Atom)
